São infinitas as riquezas do repertório lírico!
O Festival Ópera na Tela será apresentado este ano no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em sua oitava edição, produções que estiveram entre as mais marcantes do ano no circuito europeu serão apresentadas sob as estrelas no Parque Lage, no Rio, durante doze noites consecutivas, de 22 de novembro a 3 de dezembro. Em São Paulo, as projeções terão lugar na prestigiosa Sala do Conservatório, no Teatro Municipal, de 26 de novembro a 1º de dezembro, continuando, em seguida, no magnífico Cine Marquise.
Este ano será marcado pelo quarto centenário da morte de Giacomo Puccini, comemorado com a apresentação de quatro obras: La Bohème, La Rondine, Tosca e – é claro – Turandot, cuja montagem no La Scala de Milão será projetada no Rio a 29 de novembro, exatamente no dia em que se completam 100 anos desde a morte do compositor. A ocasião também será celebrada com a publicação pelo festival de uma biografia de Puccini. Escrita pelo melômano francês Sylvain Fort, o livro inova ao propor um outro olhar sobre o autor de Tosca.
Aos compositores franceses caberá um lugar de destaque este ano, com Os pescadores de pérolas, de Georges Bizet, em uma produção multicolorida no Théâtre du Capitole, de Toulouse; uma montagem bastante onírica de Lakmé, de Léo Delibes (Opéra Comique); La Périchole, de Offenbach, em uma de suas versões mais alegres e esfuziantes (Théâtre des Champs Elysées) e um excêntrico e surrealista Dom Quixote, de Jules Massenet (Opéra de Paris Bastille).
O público também poderá descobrir a força da ópera Elektra, de Richard Strauss, em uma produção elogiada pela crítica e aclamada pelo público no Festival de Baden-Baden, além de uma obra magnífica, porém pouco conhecida, La Gioconda, de Amilcare Ponchieli, produção do Teatro San Carlo, de Nápoles, com um elenco excepcional: Ana Netrebko, Jonas Kaufmann e Ludovic Tézier. E enfim rever o impactante Macbeth, diretamente do Festival de Salzburg, numa montagem valorizada pela voz e pelo carisma da sublime Asmik Gregorian.
No total, a seleção inclui seis obras que jamais foram apresentadas no Festival Ópera na Tela. Essas projeções oferecem uma oportunidade preciosa para que uma boa parte do público brasileiro descubra estas joias. Não deixa de ser reconfortante constatar as infinitas riquezas que nos reserva o repertório lírico!
Como ocorre a cada edição, o festival recebe um artista para um concerto ao vivo. Este ano é a soprano Xseniia Proshina, formada pela Academia da Ópera de Paris, que virá cantar no Brasil pela primeira vez. Convém escutá-la com toda a atenção, pois há uma grande possibilidade de que esta voz excepcional seja reconhecida em breve uma das maiores sopranos do mundo!
Também neste ano o festival volta a se lembrar dos jovens! As plateias das novas gerações poderão descobrir a ópera graças à alegre pedagogia do genial musicólogo Rodolfo Valverde. E os jovens cantores, por sua vez, poderão participar de masterclasses de alto nível: no Rio elas serão oferecidas por um dos coachs líricos mais conhecidos da Itália, Eleonora Pacetti, durante muito tempo diretora do Young Artists Program, da Ópera de Roma. E em São Paulo pelo talentoso pianista, regente de corais e – em breve – maestro, Ramon Theobald. Nascido em Petrópolis, formado pela Académie de l’Opéra de Paris, ele próprio participou – nos primórdios do festival – da masterclass do Ópera na Tela. Assim, as sementes que plantamos dão seus frutos: o aprendiz se torna professor – o ciclo se completa!
Agradecemos calorosamente ao Crédit Agricole e à Essilor-Luxottica, principais patrocinadores do festival, assim como às empresas Edenred-Ticket, Servier, Air France, Engie, Accor, Total Energies, Med-Rio, BMA e a todos os nossos preciosos parceiros de mídia. Nossos agradecimentos também ao Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, à EAV Parque Lage, ao Teatro Municipal de São Paulo, ao Teatro B32, assim como ao Conservatório Beethoven. E sobretudo ao Ministério da Cultura e à Lei Rouanet, às Secretarias de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo, e à Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro – sem os quais teria sido impossível firmar as parcerias com o setor privado.
Bom festival e viva a ópera!