Ministradas por RODOLFO VALVERDE
A Ópera de Puccini
Do romantismo ao verismo, drama, paixão e êxtase caracterizam a obra de Giacomo Puccini (1858-1924) é o último grande compositor operístico italiano de uma longa tradição que remonta ao início do século XVII e ao nascimento do próprio gênero. Em suas óperas, construídas a partir de um senso teatral ímpar, Puccini sintetizou as características fundamentais da tradição lírica italiana a novos elementos musicais desenvolvidos por compositores vanguardistas como o alemão Richard Wagner, forjando uma identidade dramático-musical única, de grande impacto emocional e poder descritivo. Neste ano, em que rememoramos o centenário de seu desaparecimento, o projeto Ópera na Tela traz três de suas óperas mais representativas, La Bohème, Tosca e a inacabada Turandot, além de uma raridade nos palcos, a comédia lírica La Rondine, que serão analisadas em nosso ciclo de palestras.
PARQUE LAGE – Tenda do festival (Acesso livre)
29/11
16h30 às 18h: Tosca e Turandot
30/11
16h30 às 18h: La Rondine e La Bohème
Ópera: Arte total
A mais completa das artes interpretativas, a ópera é uma combinação plena de música, teatro e literatura. De seu nascimento até os dias atuais, sua evolução estilística influencia e reflete as transformações culturais e artísticas da sociedade ocidental. Em dois encontros, as características musicais, vocais e dramáticas da ópera serão analisadas através da apreciação das obras apresentadas na presente edição do projeto. Da releitura dramático-musical de Macbeth por Verdi à sensibilidade teatral do último grande operista romântico italiano, Puccini, reveladas em La Bohème, Tosca, La Rondine e Turandot. Do exotismo romântico francês de Bizet, em Les Pêcheurs de Perles, e de Delibes, em Lakmé, à esfuziante La Périchole, de Offenbach. Da comédie héroïque de Massenet baseada em Dom Quixote ao moderno expressionismo germânico de Richard Strauss em Elektra, a ópera é viva, a ópera é vida! Viva a Ópera!
CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL DO RIO DE JANEIRO (Acesso livre)
04/12
16h às 17:30h: O apogeu da Ópera Romântica Italiana: Verdi e Puccini
Em sua trajetória singular, a ópera italiana é a referência absoluta do gênero em suas transformações dramáticas e musicais. Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini representam o ápice de uma rica tradição operística que remonta ao início do século XVII, influenciando os caminhos percorridos pela música ocidental. Com suas óperas, Verdi se torna o grande símbolo cultural da Itália no ottocento, pavimentando o caminho para o verismo e a síntese estilística do último grande operista romântico italiano, Puccini, que rememoramos especialmente neste que é o ano de centenário de seu desaparecimento.
05/12
16h às 17:30h: Ópera à francesa e o Modernismo Germânico: Bizet, Delibes, Offenbach, Massenet e Richard Strauss
Na Paris do século XIX, capital cultural da Europa, a diversidade de teatros se reflete na pluralidade de gêneros operísticos. Apesar de características estilísticas e convenções dramáticas distintas, temas e ambientes caros ao romantismo são compartilhados pelo ópera lyrique, pelo ópera-comique e pelo grand opéra, em obras de Georges Bizet, Leo Delibes e Jules Massenet, enquanto a sátira social e política encontra o seu espaço no opéra bouffe de Jacques Offenbach. Em paralelo, os desdobramentos da estética romântica germânica culminam na obra multifacetada de Richard Strauss.
Rodolfo Valverde
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Professor efetivo do Instituto de Artes e Design da UFJF desde 2007, onde ministra disciplinas como História e Apreciação Musicais (I a IV), Ópera: Arte Total (I a V), Evolução da Linguagem Musical, Música Moderna e História da Música Erudita Brasileira. Comentarista das transmissões ao vivo das óperas da Metropolitan Opera, New York, e dos balés do Teatro Bolshoi nas temporadas 2010/2011 e 2011/2012. Colunista e crítico musical do Jornal do Brasil durante os anos de 2008 a 2010. Conferencista, ministra cursos e palestras em festivais de música (como nas edições anuais do Festival Internacional Pró-Música) e centros culturais do país. Diretor geral da montagem da ópera “Dido & Aeneas” (Purcell) pelo Projeto Orfeu da UFJF em 2019. Coordenador dos Encontros de Musicologia Histórica realizados pelo Centro Cultural Pró-Música desde 2012, organizou e publicou os livros “Intertextualidades: fronteiras entre o sacro e o profano na música do Brasil colonial e imperial”, “Teoria e práxis: uma antiga dicotomia revisitada”, dentre outros. Coordenador do Bacharelado em Música da UFJF entre os anos de 2011 e 2017. Graduado em Medicina (1988), foi professor do departamento de Clínica Médica da UFJF entre 1997 e 2007.