Don Carlos

Direção: Krzysztof Warlikowski

Grand-opéra em cinco atos de Giuseppe Verdi

Libreto Joseph Méry e Camille Du Locle

Cantada em francês

Ópera Nacional de Paris

Duração 4h50 com dois intervalos

Maestro PHILIPPE JORDAN

Diretor KRZYSZTOF WARLIKOWSKI

Diretor coro JOSÉ LUIS BASSO

Orquestra e coro da Ópera Nacional de Paris

Classificação indicativa: 12 anos

JONAS KAUFMANN: Don Carlos

ILDAR ABDRAZAKOV: Philippe II

SONYA YONCHEVA: Élisabeth de Valois

ELĪNA GARANČA: Princesa Eboli

LUDOVIC TÉZIER: Rodrigue

O infante Don Carlos e Elisabeth de Valois, primeiro prometidos um ao outro, veem seu amor se tornar impossível após um novo projeto de casamento da jovem com Philippe II, o próprio pai do infante. Don Carlos, desesperado com essa nova aliança política se abre com seu amigo, o marquês de Posa. Mas Posa, para estupefação geral, toma partido de Philippe II.

Incontestavelmente o evento lírico mundial do ano, esse Don Carlos será apresentado em 19 de outubro de 2017 na Ópera de Paris. No momento em que redigimos o catálogo, não nos é possível apresentar uma análise dessa nova produção.  Mas as perspectivas cênicas e musicais, explicadas nesse curto texto, assim como a extraordinária distribuição, vão certamente convencê-los a não perder essa projeção por motivo nenhum!

Criada em 1867 na Ópera de Paris, essa « grande ópera à francesa » constitui uma das obras mais originais do repertório verdiano. Composta sobre um libreto inspirado na tragédia do poeta alemão Friedrich von Schiller, a obra conta a união impossível de  Elisabeth de Valois e do infante Don Carlos, sobre um fundo de acordos políticos entre a França e a Espanha no século 16.

Essa obra de um italiano, feita em francês, na qual o clima de guerra com a Espanha e a melancolia dos seres conduzem o olhar para Flandres não se preocupa com as fronteiras. Política, religião, inveja e traição constituem os temas principais desse grande drama lírico em 5 atos, que representa um verdadeiro desafio musical e cênico para seus intérpretes.

Don Carlos não é uma ópera histórica no sentido em que a intriga toda é falsa, mas ela se revela a metáfora da oposição entre as aspirações idealistas à liberdade de Rodrigue e Carlos diante do autoritarismo e da rigidez do rei e do domínio implacável da Igreja na pessoa do Grande Inquisidor. Como outras óperas de Verdi, Don Carlos também é um drama do ciúme, uma tragédia passional onde reinam a morte e a traição.

Krzysztof Warlikowski despoja essa tragédia assombrada pelos fantasmas, e faz o íntimo chegar ao âmago de um afresco imaginário – cuja verdade se revela mais verdadeira do que a dos historiadores. Ele também revela ao público a primeira versão dessa grande ópera: a que o próprio Verdi tinha alterado para a criação da obra em 1867.

Essa nova produção reúne, sob a batuta de Philippe Jordan, um quarteto vocal excepcional formado por Sonya Yoncheva, Elīna Garanča, Jonas Kaufmann, Ludovic Tézier.

No auge da sua maturidade vocal, Jonas Kaufmann acrescentou esse papel de jovem apaixonado ao seu repertório em 2013, tornando-se logo um dos maiores Don Carlos da história da ópera. De volta aos palcos internacionais em janeiro de 2017, após quatro meses de cancelamento devido a um hematoma nas cordas vocais, Jonas Kaufmann está com a saúde ótima agora. Como mostrou seu papel em Otello em Londres, no verão de 2017, e o lançamento do seu segundo disco solo, o primeiro exclusivamente dedicado ao repertório francês.

Ficamos particularmente felizes em compartilhar sua volta aos palcos num dos papéis que o consagrou, acompanhado dos cantores mais talentosos do momento.

Ato I

Don Carlos vai incógnito à França para encontrar Elisabeth, sua noiva desconhecida. Dá a ela um retrato seu, ela o reconhece e os dois celebram sua união. Logo sabem que, mudança de planos, ela terá de casar com o pai dele, o rei Filipe.

Ato II

Inconformado com a ocupação de Flandres pela Espanha, Carlos insta Elisabeth a fazer o rei manda-lo para lá. Ela admite que o ama. O rei desconfia de sua lealdade.

Ato III

Carlos confunde Eboli com a rainha. Vendo que o amor dele não é seu, Eboli jura vingança. Enquanto o rei assiste ao sacrifício de heréticos num auto de fé, Carlos exige ser nomeado regente de Flandres. Rechaçado, saca a espada, mas é desarmado pelo amigo Rodrigo.

Ato IV

O Grande Inquisidor aprova o plano de Filipe de matar o filho e declara Rodrigo herético. Filipe encontra o retrato de Carlos nos pertences de Elisabeth e a acusa de adultério. Ao visitar Carlos na prisão, Rodrigo é morto. Eboli ajuda Carlos a fugir.

Ato V

Elisabeth exorta Carlos a esquecê-la e salvar Flandres. Despedem-se, apaixonados, mas Filipe vem prendê-los. Carlos se esconde no túmulo do avô e é salvo pelo fantasma de Carlos V


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