Terceiro Palco

O 3º Palco comemora o casamento da Ópera, do Cinema e do Digital.

A Internet é um local público, um lugar coletivo de encontros, de expressão e de criação. Após o Palais Garnier em 1875 e a Ópera Bastilha em 1989, foi nessas terras do digital que a Ópera de Paris construiu seu 3º Palco em 2015.
Essa plataforma digital convida os artistas mais diversos a criar obras originais em ligação com a Ópera de Paris, para favorecer o acesso de todos os públicos à Ópera através da criação. Ela propõe um local livre e generoso onde tradição, criação e novas tecnologias são, depois de combinados, sinônimos de modernidade. São aguardadas cerca de trinta obras inéditas por ano. O Festival Ópera na Tela apresenta uma seleção de curtas-metragens dessa nova cena e convida seu público a mergulhar no universo da Ópera de Paris, percorrer seus estúdios e bastidores, passear nos seus tetos e, sobre todo, encontrando seus talentos.
Para ilustrar a variedade de modos de expressão escolhidos, podemos mencionar, entre as criações, o filme Etoiles, I see you, dirigido por Wendy Morgan com o dançarino de hip-hop americano Lil Buck, que consegue tecer uma ligação cheia de humor com esculturas e quadros do Palais Garnier. Le Lac Perdu é um passeio onírico e nostálgico, onde o artifício e o efêmero do espetáculo são colocados em perspectiva. No aspecto lírico, o perturbador C´est presque au bout du Monde, de Mathieu Amalric, filma o trabalho do som no corpo da soprano Barbara Hannigan, e Suivez donc la mesure acompanha Jonas Kaufmann em seu cotidiano, apresentando o retrato íntimo de um homem sempre em movimento. Outra curiosidade, dessa vez no cruzamento da dança e do lírico, a adaptação de uma curta parte do balé-ópera de Rameau, Les Indes Galantes, com a competição de um grupo de dançarinos de Krump, uma dança surgida nos guetos de Los Angeles nos anos 90.
Iniciada com Dimitri Chamblas, a direção artística do 3º Palco foi dada, desde setembro 2016, a Philippe Martin, diretor e produtor de Films Pélléas, grande defensor do cinema de autor, que fez os documentários Traviata et nous, Pelléas et Mélisande, le chant des aveugles e, mais recentemente o magnífico L’Opéra, um documentário de Jean-Stéphane Bron cuja câmera percorre os corredores da Ópera de Paris.
Não há dúvida de que a paixão pelo cinema e pela ópera, sua criatividade e seu imenso profissionalismo continuarão a contribuir para alimentar os laços entre Ópera e criação audiovisual.

Para assistir aos filmes do Terceiro Palco, acesse o site da Ópera Nacional de Paris aqui.